sábado, 19 de abril de 2008

Bruna Marques

"Às vezes eu sinto o medo da incerteza que se aclara

E eu não posso fazer nada além de me perguntar
Por quanto tempo vou deixar o medo tomar o controle e
me guiar?

Ele já me guiou antes,
E parece ter uma certa atração assustadora
Mas de uns tempos para cá tenho começado a perceber
Que eu é que deveria tomar o controle

O que quer que seja que o amanhã me traga
Eu estarei lá de olhos e braços abertos

Será que eu escolheria água ao vinho
Tomaria o controlo e dirigiria?"

Isadora Heloísa

O amor é como se fosse uma pedra preciosa,
que quando está em ação nos enche de alegria e bom humor.
Mesmo quando estiver sem ele não precisa desanimar,

não fique parado olhando para o céu, corra atrás!
Se encontrá-lo, não o deixe partir tão fácil!
Lute e não desista.
Leve-o bem além, onde nem o céu seja o limite!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Quadro de palavras

Forme palavras dissílabas e trissílabas, usando apenas as sílabas do quadro.

DA - SA - MA - DE - SE

ME - DI - SO - NO - DO

LA - NA - TO - CA - TA

TE - VA - VE - LU - NE

Aluna: Priscila Amaral

O amor é puro como o ar
leve como a água
forte como a rocha
que se afunda no mar

O amor é sensível
como a rosa que
se desmancha ao arrancar

O amor é como o passarinho
que sai voando à procura de
um lugar para se refugiar
como o nosso coração.

TEXTO: A MORTE DA TARTARUGA

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado senão você acorda o seu pai.” Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra, mas o pobrezinho parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, estremunhando, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: “Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que faça. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e propôs: “Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai.” O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no colo e disse: “ Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito a palavra difícil.) O menininho parou imediatamente de chorar. “Que é funeral?” O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e voltamos pra casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velinha de aniversário. Aí convidamos o meninos da vizinhança, acendemos as velinhas cantamos o “Parabéns pra você” pra tartaruguinha e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu. Isso é que é funeral! Vamos fazer isso?” O garotinho estava com outra cara. “Vamos, papai vamos”! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não vai? Olha eu vou apanhar ela.” Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia,ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” o pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo normalmente. “Que bom, hein? – disse – “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral!” “Vamos sim papai” – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – “Eu mato ela”.
MORAL: O IMPORTANTE NÃO É A MORTE, É O QUE ELA NOS TIRA.

TEXTO: CIRCUITO FECHADO

TEXTO: CIRCUITO FECHADO
Chinelo, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoadura, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Mesa e poltrona, cadeira, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, telefone. Bandeja, xícara pequena. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vale, cheques, memorando, bilhetes, telefone, papéis. Relógio, mesa, cavalete, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeira, copo, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, telefone, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesas, cadeiras, prato, talheres,copos, guardanapos. Xícaras. Poltrona, livro. Televisor, poltrona. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga ,pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Ricardo Ramos. Circuito fechado:contos, 1978
1- Pesquise o significado da palavra circuito e explique o título escolhido para o texto.

2- Com base na leitura, responda às perguntas:
a) O personagem é um homem ou mulher? Como você concluiu isso?
b) Qual é a possível profissão dessa pessoa?Justifique
c) Em que cidade poderia morar?
d) Se você tivesse de dar um nome ao personagem do texto, qual escolheria?
e) Este texto é do início da década de l970. De que outros recursos esse profissional poderia dispor atualmente para realizar seu trabalho? Será que a rotina dele continuaria a mesma?

2- Observando a maioria das palavras do texto e aplicando seus conhecimentos sobre classes de palavras, você as classificaria em: artigos, substantivos, adjetivos,pronomes ou verbos? Por que?

3- O que você acha de o autor ter escolhido basicamente essa classe de palavras para construir o texto?

4- No texto aparecem os substantivos: mictório, caso, pia. Eles fazem parte do mesmo ambiente. Você conhece outros substantivos que sejam sinônimos desses? Qual é o mais usado em sua região?

5- Pela leitura do texto, percebe-se que esse personagem possui um vício muito prejudicial à saúde. Que vício é esse? O que você teria a dizer para essa pessoa?

6- Faça um texto, em seu caderno, sobre o seu dia-a-dia usando o mesmo recurso que o autor utilizou, ou seja, com uso intenso de substantivos, e leia-o para a turma.